Projeto elabora cartilha para ensinar crianças e adolescentes a reconhecerem riscos de abusos sexuais
Conhecimento, é com base nessa palavra que quebra barreiras e traz também coragem e autonomia que Patrícia Almeida, Diretora do Movimento Down e Down Syndrome International (Brasil) criou e coordena o projeto Eu me Protejo, que nasceu há dois anos e conta com a colaboração de mais de 50 profissionais de diversas áreas (educação, comunicação, direito, medicina, psicologia e ativistas) que se uniram e criaram uma cartilha para combater a violência sexual contra a crianças e adolescentes.
No dia 11/06, o Governo Federal sancionou a Lei 14.164, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei 9.394) que inclui conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos currículos da educação básica, e institui a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher. Se em casa já é complicado abordar o tema, estender para o ambiente escolar é algo mais complexo ainda, ensinar as crianças a se protegerem de abusos sexuais é tarefa delicada, mas imprescindível. Como fazer isso de forma simples, eficiente e que deixe tanto os responsáveis quanto as crianças à vontade? O projeto Eu Me Protejo nasceu com o intuito de responder a essa pergunta e outras tantas perguntas.
“Uma em cada quatro meninas e um em cada 13 meninos são abusados sexualmente até os 18 anos. É um mito achar que isso não pode acontecer na família de qualquer um. Nossa cartilha quer desmitificar esse assunto nas comunidades, através da linguagem fácil, tratando com respeito e leveza um assunto sério que pode impedir muitos atos de violência”, diz Patrícia Almeida.
Para auxiliar educadores na tarefa de abordar a temática sobre abuso sexual e as formas de se reconhecerem possíveis sinais que possam causar o alerta, o projeto conta com duas cartilhas, elaboradas com linguagem simples e voltadas para crianças e adolescentes.
A coordenadora do projeto reforça que: primeira cartilha “Eu Me Protejo” é focada diretamente na prevenção contra o abuso sexual. Já a segunda cartilha “Eu Me Protejo Porque Meu Corpinho é Meu” é mais ampla e ideal para ser usada em escolas. “Fala das diferenças dos corpos, cuidados de saúde, e situações potenciais de risco e o que fazer em caso de necessidade. O objetivo é promover o autoconhecimento, a autoestima, a autoproteção e o respeito aos outros, prevenindo situações de violência”.
O material é gratuito e todas as cartilhas com orientações podem ser baixadas através do site do projeto que contam também com versões em espanhol, em inglês, em áudio livro no Youtube, em Libras, e em formato de bolso.
Para ter acesso a todo o conteúdo informativo do projeto, acesse: https://www.eumeprotejo.com/
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