Por Solimar Luz, Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro
O caso de violência no Rio, que levou à morte o menino de Henry, de apenas quatro anos, vítima de múltiplas a graves lesões, além de chocar todo o país, acendeu um alerta: como reconhecer sinais de abuso e maus-tratos contra os pequenos, e o que fazer para protegê-los? A psicóloga Fátima Marques ressalta que a atos de violência física e psicológica podem caminhar lado a lado.Para a psicóloga, adultos devem ficar atentos e desmistificar a ideia de que crianças possam estar mentindo ou imaginando coisas que não existem. Fátima Marques avalia que a mentira pode ser um mecanismo de defesa, usado tanto por crianças como por jovens e adultos. E que uma escuta verdadeira pode revelar a verdade. Segundo levantamento das denúncias feitas por meio do Disque 100, dos 159 mil registros ao longo de 2019 ao serviço de Direitos Humanos, 86,8 mil foram por violações de direitos de crianças ou adolescentes. A jornalista Patricia Almeida, criadora do Projeto “Eu Me Protejo”, que atua na educação de crianças, para ensiná-las a reconhecer e a se proteger de abusos e agressões, diz que os pequenos que são vítimas de violência geralmente apresentam mudanças no comportamento. Especialistas apontam que quando o assunto é violência sexual, a maior parte dessas violações é feita por pessoas próximas à vítima, até mesmo no ambiente doméstico. E que em relação à crianças com deficiência, o risco é ainda maior. Patricia Almeida ressalta a importância de conversar amorosamente com as crianças. Denúncias sobre violência podem ser feitas por canais como Disque 100 e Ligue 180.
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