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A educação para prevenção contra a violência na infância tem que estar na escola



Até quando vamos deixar as crianças serem indefesas?


Leio mais um relato de testemunha de que o antigo companheiro era violento com ela e com a filha. Essa mulher, cheia de remorso, chora pelo que poderia ter acontecido com a filha. E também pelo que poderia ter evitado, caso tivesse denunciado a violência à época.


A horrível história da morte do menino Henry detona múltiplos alertas. Como ler os sinais de que algo de errado está acontecendo com minha filha ou meu filho? Como fazer com que fale sobre o assunto quando um adulto pediu segredou, ou até fez ameaças se contasse?


Como tirar esse fardo de cima de ombros tão pequenos?


A melhor maneira de evitar que situações como essas aconteçam é educar para a prevenção.


Mas como conversar sobre esses assuntos com crianças pequenas?


A gente começa a preparar nossos filhos desde que eles nascem. Ensinando quais são as partes do corpo – e não apenas cabeça, ombro, joelho e pé - as partes íntimas também. E dizendo que seus corpos são seus. Que ninguém tem direito de tocar neles de uma maneira que eles não gostem, que dói ou que fiquem com vergonha.


Devemos falar que, caso alguma coisa aconteça, eles devem contar para uma pessoa de confiança.


E a educação para prevenção contra a violência não pode acontecer apenas dentro de casa. Ela tem que estar na escola. Desde a pré-escola.


E para isso, as crianças tem que ir à escola. Já pensou numa criança vítima de violência doméstica em ensino domiciliar? Que chance ela teria de escapar?


Criamos a cartilha Eu Me Protejo para ajudar famílias e educadores nessa conversa. Uma criança que já ouviu isso de uma pessoa que ama e respeita antes de alguma situação de violência acontecer, vai estar muito mais preparada para saber o que fazer.


Não deixando de explicar que, assim como eles devem proteger seus corpos, precisam respeitar os corpos dos outros.


Ouça suas crianças. Saiba ler os sinais. Esteja aberto e atento. Prevenir é sempre melhor que remediar.


Patricia Almeida

Coautora do projeto Eu Me Protejo

www.eumeprotejo.com


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